Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

Notícias

Como alcançar a sustentabilidade nas pescarias da EU; Clima e Maré e outras notícias

Pescas - 06-09-2007 - 13:31

O PE lamenta a "inexistência de análise" e a "falta de soluções" na Comunicação da Comissão Europeia "Alcançar a sustentabilidade nas pescarias da UE através do rendimento máximo sustentável (MSY)". Num relatório da Comissão das Pescas hoje aprovado em plenário, os eurodeputados afirmam que uma aplicação rigorosa do MSY levaria, a curto prazo, a uma redução considerável, ou mesmo drástica, da actividade, do emprego e dos rendimentos da frota comunitária.

 

O rendimento máximo sustentável (MSY) é um ponto de referência cujo objectivo é maximizar o rendimento económico de uma pescaria relativamente à capacidade biológica de um recurso.

 

Na sua Comunicação, a Comissão Europeia propõe uma mudança no ordenamento da pesca através de uma alteração do modelo de gestão que permita a utilização sustentável dos recursos de pesca a fim de garantir a viabilidade do sector. Nas próprias palavras da Comissão, um modelo de gestão "tendo como objectivo o sucesso e não apenas a tentativa de evitar a falência das pescarias".

 

Perante um desafio como a mudança do modelo de gestão da pesca comunitária, "a Comunicação da Comissão é infelizmente um pouco simplista, já que não explica claramente a necessidade desta mudança de orientação e não fornece pormenores sobre o tipo de modelo que será escolhido", afirma a relatora da Comissão das Pescas do PE, Carmen FRAGA ESTÉVEZ (PPE/DE, ES).

 

O Parlamento Europeu lamenta a "falta de uma avaliação mais exaustiva das implicações da aplicação de um modelo MSY", das suas carências e das suas normas específicas de execução, bem como dos eventuais riscos inerentes a qualquer falha do modelo; lamenta, em especial, a "ausência de análise sobre a evolução do MSY e sobre as vantagens que poderiam advir das diferentes abordagens".

 

Na opinião dos eurodeputados, "ainda não estão suficientemente reunidas as condições para a apresentação de uma proposta com vista à instauração do MSY", sendo conveniente aprofundar e melhorar a análise dos problemas, das insuficiências e dos objectivos da própria política comunitária de conservação e de gestão a fim de "decidir, dando provas de coragem política, a adopção de medidas adaptadas para operar efectivamente a mudança que é imperativo introduzir na actual Política Comum das Pescas".

 

O PE alerta que "a Comissão não deve deixar passar esta oportunidade de definir o sistema de acesso aos recursos que melhor promova a sustentabilidade", dificulte as devoluções, simplifique as medidas técnicas, elimine as discriminações e a concorrência exacerbada pela captura dos recursos, proporcione a necessária flexibilidade e melhore a competitividade do sector.

 

Os eurodeputados sublinham ainda que qualquer modificação do sistema de gestão deve necessariamente assentar em "mecanismos de compensação adequados e suficientes de um ponto de vista financeiro" e que é, pois, conveniente dispor de um estudo sobre as incidências socioeconómicas da proposta final.

 

Modelo não adaptado às pescarias multiespécies

 

O PE alerta também para as dificuldades ligadas à aplicação do modelo MSY às pescarias multiespécies, maioritárias na UE: "Efectivamente, se for aplicado o MSY da espécie principal, as restantes unidades populacionais poderiam ser sobreexploradas, ao passo que se for aplicado, como parece lógico, o MSY da espécie em vias de esgotamento, ter-se-ia de renunciar às capturas de espécies em boa situação biológica, com as consequentes perdas a nível económico, em termos de emprego e de competitividade, o que entra em total contradição com a obtenção do rendimento máximo sustentável enquanto tal".

 

Intervenção de eurodeputados portugueses no debate

 

Paulo CASACA, em nome do grupo PSE: "Gostaria de começar por felicitar a nossa relatora pelo seu excelente trabalho e também felicitar a Comissão por esta sua Comunicação que responde a uma exigência que ela mesmo aprovou na Cimeira Mundial de Joanesburgo de 2002 e corresponde ainda ao primeiro dos oito objectivos que foram traçados nessa conferência. É certo que, desses oito objectivos, há muita coisa que já foi feita pela Comissão Europeia, mas gostaria de dizer ao Sr. Comissário que estamos em 2007 com objectivos traçados para 2015 por uma cimeira que decorreu em 2002. Estarmos nesta altura ainda a debater esta Comunicação não creio que seja uma forma suficientemente rápida de responder à dimensão dos desafios que temos pela frente.

 

Regozijo-me com as palavras do Sr. Comissário quando fala na necessidade de um novo modelo de gestão. Quando esta proposta frisa o conceito de gestão por ecossistemas, acho que estamos também a avançar no bom caminho, mas creio que, ao encarar este conceito de rendimento máximo sustentável como algo de radicalmente novo, estamos aqui a cair num equívoco, porque este conceito, que é um conceito teórico, foi sempre ele que esteve na base de toda a fixação de quotas e de TACs. Aliás, não seria possível fazê-lo se não fosse na base deste conceito.

 

O problema é que a sua aplicação tem muitos problemas que foram, aliás, muito bem apontados pela nossa relatora e também pela nossa colega DOYLE. Não podemos estar apenas baseados na sua aplicação cega, temos que tentar melhorar a sua eficácia, temos que ver onde ele falhou e onde teve bons resultados – e isso é um exercício que, sinceramente, esta Comunicação não consegue fazer –, e temos que, para além disso, ir para todos os outros meios complementares. É agora esse o desafio que se põe à Comissão e da qual eu espero que venhamos a ter boas notícias nos próximos tempos".

 

Pedro GUERREIRO, em nome do grupo CEUE/EVN: "Acompanhando, em geral, os pontos fundamentais do relatório em debate, que tem uma importÂncia crucial para o sector das pescas, consideramos útil salientar as diferenças entre longo e curto prazo na aplicação do princípio da sustentabilidade nas pescas. Isto é, os planos a longo prazo visam definir objectivos ou metas para conseguir uma situação estável que será alcançada ao fim de um prazo relativamente longo. Ao passo que medidas a curto prazo são propostas estabelecidas anualmente com o objectivo de corrigir durante um curto período de tempo o nível de intensidade de mortalidade por pesca, até que seja alcançado o nível proposto como objectivo a longo prazo.

 

Quanto ao objectivo a longo prazo para as pescas, pode aceitar-se o objectivo principal definido em Joanesburgo, ou seja, obter um stock de captura máxima sustentável. No entanto, será importante salientar que para formular o objectivo do rendimento máximo sustentável é indispensável que a análise científica permita determinar a intensidade da mortalidade por pesca, que garanta a máxima captura que o recurso pesqueiro poderá proporcionar, de uma forma sustentável. Para tal, é indispensável ter em conta as características naturais de cada recurso pesqueiro, assim como conhecer as características e a forma de actuação das artes de pesca.

 

Para avaliar o nível de pesca conveniente para o objectivo a longo prazo há que verificar as projecções propostas pelos cientistas, o que implica que estas tenham base numa informação fidedigna, sejam adoptadas pelos gestores e aceites e cumpridas pela actividade pesqueira, salvaguardando-se sempre e, sublinho, sempre, a situação socio-económica do sector das pescas e dos pescadores.

 

Na prática, pretende-se estimar as capturas a longo prazo e os correspondentes níveis de intensidade de mortalidade por pesca. Para tal há que escolher um critério sobre a sustentabilidade e determinar o nível de pesca que produza o valor máximo de captura sustentável. É aqui que começa o verdadeiro debate.

 

Existem diferentes valores de níveis de intensidade de mortalidade por pesca que, actualmente, têm sido propostos para a gestão a longo prazo dos stocks das Zonas Económicas Exclusivas dos Estados-Membros. Diversos cientistas consideram preferível o nível de intensidade de mortalidade por pesca designado como F0.1 e não, por exemplo, o FMSY, que consideram menos adequado. Saliente-se que não deverá ser confundido o FMSY, que é um valor de intensidade de mortalidade por pesca, com o MSY, que é um índice de captura.

 

Como consideração final, gostaria de corroborar a necessidade de que as medidas de sustentabilidade sejam acompanhadas de uma avaliação das suas consequências e custos socio-económicos, nomeadamente no quadro da concretização do objectivo do rendimento máximo sustentável".site União Européia

 

Equilibrar a frota à situação dos recursos

Pescas - 05-09-2007 - 13:14

O PE aprovou hoje o relatório de Paulo CASACA (PSE) sobre os esforços dos Estados-Membros para obterem um equilíbrio sustentável entre as capacidades e as possibilidades de pesca. Os eurodeputados solicitam à Comissão Europeia que adopte rapidamente as iniciativas necessárias para a possível substituição de um regime de gestão de frotas baseado na limitação da tonelagem e potência dos navios por outro que permita controlar o esforço de captura mediante a gestão por áreas geográficas de pesca.

 

O relatório anual que a Comissão apresenta ao Parlamento Europeu e ao Conselho em cumprimento do mandato legal de informação sobre o estado da frota e a adaptação da mesma aos recursos disponíveis apresenta a situação da frota e a sua evolução no triénio 2003-2005, especificados por dados para a frota continental e para a frota correspondente às regiões ultraperiféricas, bem como uma série de avaliações dos conteúdos dos relatórios transmitidos pelas administrações nacionais dos Estados-Membros e os dados do registo de saídas e entradas de que dispõe a Comissão. Esta informação é o objecto dos comentários do relator.

 

Paulo CASACA insta a Comissão Europeia a apresentar urgentemente propostas de linhas de orientação que garantam que os Estados-Membros apresentem informações harmonizadas que permitam efectuar análises comparativas das evoluções das diferentes frotas nacionais e que permitam a cada um dos Estados-Membros conhecer de forma circunstanciada o nível das capturas dos navios que operam nas suas zonas costeiras.

 

O PE considera "inaceitável" que os Estados-Membros não cumpram as suas obrigações em matéria de recolha e transmissão dos dados relativos à adaptação da sua capacidade de pesca à situação dos recursos, solicitando à Comissão Europeia que, por analogia com a atitude tomada em relação às obrigações dos pescadores de transmitirem os dados respeitantes às suas capturas, considere este incumprimento uma "falta grave" e o sancione de forma adequada.

 

Estados com importantes frotas como a Itália e a França enviaram os seus relatórios com atraso e o Reino Unido nem sequer o elaborou, nota o relator na exposição de motivos.

 

Gestão por áreas geográficas de pesca

 

Tendo em conta a realidade e a persistência temporal da sobrecapacidade, "seria necessário sublinhar a utilidade dos actuais sistemas de adaptação da frota comunitária às possibilidades de pesca, permitindo a inclusão na política comunitária de conservação e gestão dos recursos da pesca de outros sistemas mais eficazes, que permitam, por si só, reduções de capacidade mesmo superiores às estabelecidas pelas disposições comunitárias", avança o relatório.

 

Os eurodeputados solicitam à Comissão que adopte rapidamente as iniciativas necessárias para a possível substituição de um regime de gestão de frotas baseado na limitação da tonelagem e potência dos navios por outro que permita controlar o esforço de captura mediante a gestão por áreas geográficas de pesca e a utilização de medidas técnicas apropriadas para uma gestão sustentável dos recursos.

 

A Comissão é também chamada a apresentar propostas para melhorar a segurança dos navios da pequena pesca costeira e da pesca artesanal na UE, destinadas a ampliar o volume e a potência dos motores e a renovar as embarcações a fim de melhorar as condições de higiene e de segurança a bordo, "sem que isso implique um aumento do esforço da pesca".

 

Protecção do meio marinho e recuperação dos recursos haliêuticos

 

O PE reitera a necessidade de uma "abordagem mais abrangente" das medidas de protecção do meio marinho e de recuperação dos recursos haliêuticos, nomeadamente considerando e estudando determinados factores com profundos impactos no meio marinho e no estado dos recursos haliêuticos, como a poluição costeira e no alto mar, os efluentes industriais e agrícolas, a dragagem de fundos ou o transporte marítimo, como complemento dos métodos actuais de gestão. Para o Parlamento Europeu, uma iniciativa comunitária neste domínio é "prioritária".

 

Houve uma redução progressiva da capacidade e da potência global da frota (aproximadamente 2% por ano) sem que se tenha reduzido o nível de exploração dos recursos, uma vez que as melhorias técnicas operadas nos navios neutralizam ou superam as possibilidades de rendimento e esforço de captura que pressupõem as "modestas reduções", refere o relatório.

 

"Os Estados-Membros continuam, apesar de todos estes anos, a não estar suficientemente envolvidos na obtenção de uma dimensão da frota adequada aos recursos disponíveis", afirma Paulo CASACA. "Parece, por vezes, que talvez devido às consequências económicas e sociais que implicariam a adopção de medidas consequentes e necessárias mas muito impopulares, os Estados-Membros seguem uma política de laisser faire, laisser passer esperando que a evolução normal dos acontecimentos, a crescente diminuição das capturas, conduza por si mesma à cessação da actividade da frota por falta de interesse económico e de viabilidade da exploração".

 

O diálogo e a participação por parte do sector profissional do conjunto de medidas que se estabeleçam para equilibrar a frota à situação dos recursos são "condições indispensáveis" para que estas desenvolvam a sua eficácia.

 

Conselho Regional Consultivo específico para as regiões ultraperiféricas

 

No que respeita à capacidade das frotas registadas nas regiões ultraperiféricas e a sua variação entre 2003-2005, os resultados apontam para uma redução significativa da frota registada nas regiões ultraperiféricas espanholas e portuguesas, em termos quer de tonelagem quer de potência. No caso dos departamentos franceses do Ultramar, registou-se uma ligeira descida do número total de navios e da sua tonelagem e um aumento da sua potência.

 

Paulo CASACA solicita à Comissão que apresente uma proposta para a criação de um Conselho Regional Consultivo específico para as regiões ultraperiféricas da UE.

 

CLIMA E MARÉ

 

 

Prognósticos:

.Río Uruguay

Vientos: Este y NE fuerza 3/2. Períodos de variables y de calma.

Nubosidad y fenómenos asociados: algo nuboso a nuboso y cubierto.Algunas precipitaciones al Norte del área desde la tarde probable formación de tormentas. Mejorando.Nieblas y neblinas.

Visibilidad: buena, períodos de regular.

Tendencia próximas 48 horas: Vientos: SW al S fuerza 2/3, períodos de variables y de calma.Cielo: nuboso a algo nuboso, neblinas.

 

.Río de la Plata

Vientos:: E con períodos del NE fuerza 5/3, períodos de variables y de calma.

Nubosidad y fenómenos asociados: claro y algo nuboso, períodos de nuboso. Nieblas y neblinas.

Visibilidad: buena, períodos de regular y mala.

Olas: Zona W: 1.0 m Zona E: 1.5 - 1.0m

Tendencia próximas 48 horas: Vientos: variables fuerza 2 con períodos de calma, afirmándose del W fuerza 2/3. Cielo: cubierto a nuboso y algo nuboso. Neblinas.

.Mar Territorial Uruguayo

 

Vientos: NE fuerza 4/5, períodos de fuerza 6/7.

Nubosidad y fenómenos asociados: algo nuboso a nuboso y cubierto. Algunas precipitaciones y probables formación de tormentas al Norte del área. Nieblas y neblinas.

Visibilidad: buena, períodos de regular.

Olas: Zonas costeras : 2.5 - 1.5 m

Tendencia próximas 48 horas: Vientos:SW fuerza 4/5, rachas de fuerza 6/7 Cielo: cubierto a nuboso. Algunas lluvias. Mejorando. Neblinas.

.Río Grande del Sur

Vientos: : NE fuerza 5/6.

Nubosidad y fenómenos asociados: algo nuboso a nuboso y cubierto. Algunas precipitacions y probables formación de tormentas.

Visibilidad: buena, períodos de regular.

Olas: 3.5 - 2.0 m

 

.Provincia de Buenos Aires

Vientos: NE al NW fuerza 4/5, incrementándose a fuerza 5/6 al sur del área.

Nubosidad y fenómenos asociados: algo nuboso y nuboso. Niebla en bancos. Neblinas.

Visibilidad: buena.

Olas: 1.5 - 2.0 m

 

Previsão para a navegação e pesca - Região Norte

Laguna a Paranaguá

ATUALIZADO EM 26/09/2007 11:48

 

Velocidade do vento em Escala Beaufort, rajada em Km/h.

Condição de mar em Escala de estado do mar, ondas em Metros.

Análise do tempo: Nesta quarta-feira o sistema de alta pressão se afasta para o mar dando lugar a formação de uma nova frente fria no Oeste gaúcho, o que favorece tempo instável e condições de temporal na área de pesca até a quinta-feira.

 

Alertas: HOJE e AMANHÃ, MAR AGITADO E VENTOS FORTES.

 

Previsão para hoje (26/09/2007) - tarde e noite: Quarta-feira, ventos de E a NE, força 2 a 4 e rajadas de 50 a 60 km/h, asociados a formação da frente fria no sul do Brasil. Ondas de SE de 1.5 a 2.0 m e picos de 2.5 a 3.0 m. Condições de chuva leve isolada. A noite aumenta a situação para chuvas fortes.

 

Previsão para amanhã Quinta-feira, ventos de NE a NW, força 3 a 5 e rajadas de 50 a 70 km/h, associados a passagem da frente fria pelo Sul do Brasil. Ondas de E de 1.5 a 2.0 m e picos de 2.5 a 3.0 m. Tempo instável com condições de chuva e risco de temporal na área de pesca.

 

Tendência: Sexta-feira, ventos de NW a SE, força 3 a 4 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de E a SE de 1.0 a 1.5 m e picos de 2.0 a 2.5 m. Sábado, ventos de E a NE, força 3 e rajadas de 30 a 40 km/h. Ondas de SE de 1.0 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Domingo, ventos de E a NE, força 3 a 5 e rajadas de 50 a 60 km/h. Ondas de E de 1.0 m e picos de 1.5 m. Entre sexta-feira e sábado, um sistema de alta pressão avança pelo Litoral Sul do Brasil, favorecendo que o tempo melhore gradativamente, mesmo assim ainda há condições de chuva leve na parte norte da área de pesca.

 

Daniel Calearo - meteorologista

Francine Gomes - meteorologista

 

 

Previsão para a navegação e pesca - Região Sul

Chuí a Laguna

ATUALIZADO EM 26/09/2007 11:48

 

Velocidade do vento em Escala Beaufort, rajada em Km/h.

Condição de mar em Escala de estado do mar, ondas em Metros.

Análise do tempo: Nesta quarta-feira o sistema de alta pressão se afasta para o mar dando lugar a formação de uma nova frente fria no Oeste gaúcho, o que favorece tempo instável e condições de temporal na área de pesca até a quinta-feira.

 

Alertas: HOJE e AMANHÃ, MAR AGITADO E VENTOS FORTES.

 

Previsão para hoje (26/09/2007) - tarde e noite: Quarta-feira, ventos de NE, força 3 a 4 e rajadas de 50 a 70 km/h, asociados a formação da frente fria no sul do Brasil. Ondas de SE a E de 2.0 m e picos de 2.5 a 3.5 m. Condições de chuva, começando na parte norte da área de pesca, abrangendo a parte sul gradativamente.

 

Previsão para amanhã Quinta-feira, ventos de NE a W, força 4 a 5 e rajadas de 60 a 80 km/h, associados a passagem da frente fria. Ondas de E de 2.0 m e picos de 2.5 a 3.0 m. Tempo instável com condições de chuva e risco de temporal na área de pesca.

 

Tendência: Sexta-feira, ventos de W a SE, força 3 a 4 e rajadas de 40 a 60 km/h, mais fortes na madrugada e manhã, perdendo força gradativamente. Ondas de SE a E de 1.5 m e picos de 2.0 a 2.5 m. Sábado, ventos de E, força 3 e rajadas de 40 a 50 km/h. Ondas de SE a E de 1.0 a 1.5 m e picos de 2.0 m. Domingo, ventos de NE, força 3 a 5 e rajadas de 60 a 70 km/h, associados a formação de uma nova frente fria. Ondas de E a NE de 1.0 m e picos de 1.5 a 2.0 m. A partir da manhã de sexta-feira, um novo sistema de alta pressão avança pelo Sul do Brasil, firmando o tempo gradativamente ao longo do Litoral Sul do Brasil.

 

Daniel Calearo - meteorologista

Francine Gomes - meteorologista

 

COTAÇÃO DÓLAR

26/09/2007 - 14h39

Bovespa ganha 0,7%, ainda em nível recorde; dólar bate R$ 1,85

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EPAMINONDAS NETO

da Folha Online

O retorno dos estrangeiros às compras têm puxado a recuperação da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nesta quinta-feira, também sustentada pelo cenário externo positivo nos demais mercados.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa, ganha 0,71% e marca 59.276 pontos, em marca histórica. O volume financeiro é de R$ 2,96 bilhões, às 14h36.

Até o pregão do dia 21, os investidores estrangeiros deixaram mais de R$ 2 bilhões (diferença entre compras e vendas de ações) na Bolsa brasileira. Para analistas, é justamente esse fluxo de recursos renovado que têm permitido à Bovespa tomar fôlego renovado, mesmo quando as Bolsas americanas, sua principal referência externa, não tem desempenho tão favorável.

O mercado de ações brasileiro é o único no continente americano, até agora, a recuperar as perdas geradas com a crise de crédito imobiliário nos Estados Unidos. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,46%, aos 13.871 pontos.

O dólar comercial é negociado a R$ 1,854 para venda, com retração de 0,37%. A taxa de risco-país bate 167 pontos, número 1,18% inferior à pontuação final de ontem.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que o nível de encomendas de bens duráveis dos EUA caiu 4,9% em agosto, ante expectativa de um declínio de 3,1%. O outro órgão do governo americano, o Departamento de Energia, comunicou que as reservas de petróleo aumentaram em 1,8 milhão de barris, o que representa 0,6% a mais a respeito da semana anterior. Analistas de mercado esperavam um declínio próximo a 2 milhões de barris.

No front doméstico, mais um índice de preços reforçou a idéia de que os alimentos começaram a perder força para pressionar a inflação: o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP) desacelerou e teve alta de 0,18%, na terceira quadrissemana deste mês --período de 30 dias encerrado no último dia 22.

Alguns economistas de bancos já divulgaram relatórios em que apontam uma nova oportunidade para que o Copom (Comitê de Política Monetária) volte a reduzir a taxa básica de juros brasileira.

 

 

SETOR NAVAL

Ministro do Trabalho propõe criação de linha de crédito ao setor naval

Na condição de membro do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, vai propor que a instituição crie uma linha de crédito para o setor. A proposta será feita em outubro, na próxima reunião de Conselho do banco de fomento.

 

"Não estou dizendo que os estaleiros recebem pouco, mas sim que precisam de mais", afirmou o ministro após palestra na feira Niterói Fenashore. Lupi destaca que 40% do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) vai para os cofres do BNDES. Como uma das contrapartidas ao FAT é a geração de empregos, o ministro quer garantir entrada de recursos numa indústria que é muito intensiva em mão-de-obra.

 

Outro gargalo da indústria naval hoje é a escassez de mão-de-obra. Como o renascimento da construção naval é recente, não existe curso superior adeqüado à realidade atual para formar engenheiros navais. Nem cursos técnicos suficientes para treinar soldadores, maçariqueiros, pintores industriais, entre outras profissões. Em Niterói, cidade responsável por mais da metade da indústria naval, a prefeitura registrou uma demanda de capacitação de 4,8 mil trabalhadores.

 

O Mauá Jurong, que emprega cerca de 4,5 mil pessoas, tentou treinar profissionais dentro do próprio estaleiro. Mas numa turma de 50 pessoas, conta o responsável pela área de Recursos Humanos, apenas três foram contratados. Passaram, então, a procurar solução dentro das salas de cursos técnicos, entre eles a Cefet e o sistema Senai, da Firjan. O secretária de Desenvolvimento de Niterói, Jandira Feghali, pediu ao ministro que avalie a possibilidade de criar uma unidade da Cefet na própria cidade. Trabalhadores em busca de treinamento, hoje, precisam se deslocar para cidades vizinhas.

 

O ministro do Trabalho, por sua vez, revelou que está propondo ao Sistema das Indústrias, que envolvem os cursos do Senai, que dividam os custos dos cursos para trabalhadores desempregados, que não têm condições de pagar capacitação. "Pelo cadastro do seguro-desemprego, eu sei quem são, onde estão, em que trabalharam. Podemos direcionar essas pessoas para cursos voltados para preencher a demanda do mercado", disse Lupi. (Fonte: Gazeta Mercantil/Sabrina Lorenzi)