Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Anúncio do governo dos EUA acende um alerta para a pesca

O anúncio do presidente dos Estados Unidos da possível taxação de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil acende um alerta para o setor pesqueiro, sobretudo no que tange a necessidade de abertura de novos mercados. Caso seja confirmado, o aumento significativo na taxação deve causar um grande impacto na indústria pesqueira, visto que os Estados Unidos hoje é o principal destino das exportações de pescado brasileiro. 

De acordo com dados da Balança Comercial e Estatísticas de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o país representou 56% das vendas internacionais do Brasil em 2024, e 56,7% no 1º semestre de 2025. Em contrapartida, as importações de pescado dos Estados Unidos representam 0,5% do total importado pelo Brasil. 

As espécies de pescado brasileiras mais afetadas pela decisão do presidente estadunidense são:  Tilápia, Meca, Corvina, Pargo,  Atum (Bandolim) e Lagosta.

Já para Santa Catarina a representatividade dos Estados Unidos é um pouco menor, com a fatia de 33% das exportações de pescado catarinense. No Estado, a corvina e a meca são os recursos que sofreriam o maior impacto, pois 66% e 100% dos recursos destinados à exportação vão para os Estados Unidos, respectivamente. 

“A possibilidade de aumento na taxação dos produtos importados pelos Estados Unidos pode causar um impacto significativo e reforça a necessidade de ampliação de novos mercados, além da reabertura das vendas à União Europeia e ao Reino Unido”, frisa o presidente do SINDIPI, Agnaldo Hilton dos Santos. 

 

Percentual de pescado exportado para os EUA: 

Tilápia = 97%. 

Lagosta = 39%

Pargo = 92%

Espadarte (Meca) = 100%

Atum (Bandolim) = 100%

Corvina = 43%

 

Percentual de pescado de SC exportado para os EUA:

Corvina = 66%

Espadarte (Meca) = 100%

Tilápia = 30%

 

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