Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

Coordenadoria Técnica

Goete / Goetão

Apresenta corpo prateado, com dorso mais escuro, as nadadeiras são claras, sendo a dorsal e a caudal um tanto escurecidas, especialmente nas partes terminais. O Goete é uma espécie demersal costeira que habita fundos de areia/lama, em profundidades que podem chegar até 100 m.

A distribuição do goete vai desde o Panamá e Antilhas Maiores até a Argentina, sendo mais abundante na região sudeste do Brasil. Sendo que a distribuição no sudeste-sul do Brasil está relacionada a águas quentes, sendo que valores inferiores a 17°C são desfavoráveis a sua presença. No inverno, na costa do Rio Grande do Sul, a espécie se restringe a áreas mais ao norte, evitando águas subantárticas; na primavera-verão, se expande para o sul até 34°S. No Sudeste, na costa norte de São Paulo, devido à presença de águas frias provenientes da Água Central do Atlântico Sul (ACAS) durante a primavera e o verão, o goete limita sua distribuição às águas costeiras ou migra para outras áreas. Já no inverno, a presença de águas quentes nessa região propicia novamente sua ocorrência.

O goete é uma das espécies mais comuns nas pescarias de arrasto do sudeste do Brasil, e sua participação nos desembarques industriais vem crescendo nos últimos anos. O goete é capturado também, em menores proporções, pelas frotas que operam com redes de emalhe e com redes de arrasto duplo de portas, tanto aquelas dirigidas à captura do camarão-rosa quanto à do camarão-sete-barbas e, esporadicamente, na pesca de cerco e emalhe. No ano de 2019, a captura do goete foi de aproximadamente 700 toneladas no sudeste e sul do Brasil.

 

Fonte: Fishbase (2021).

REFERÊNCIAS

 

CERVIGÓN, F.M.1993. Los peces marinos de Venezuela. Caracas, Fundación La Salle de Ciências Naturales, 2: 449-771.

 

VALENTINI, H. ;Castro, P .M. G. de; Servo, G. J. de M. & Castro, L. A.B.de. 1991. Evolução da pesca das principais espécies demersais da costa sudeste do Brasil, pela frota de arrasteiros de parelha baseada em São Paulo, de 1968 a 1987. Atlântica, Rio Grande, 13(1): 87-95.

 

CASTRO, P. M. G. de. 2000. Estrutura e dinâmica da frota de parelhas do Estado de São Paulo e aspectos biológicos dos principais recursos pesqueiros demersais costeiros da região sudeste-sul do Brasil (23º- 29ºS). São Paulo, SP. 122p. (Tese de Doutoramento. Instituto Oceanográfico, USP).

 

MATSUURA, Y. & A. O. ÁVILA da SILVA. Manual de identificação de peixes marinhos para o Score Sul – Programa REVIZEE. 29 p.

 

MENEZES, N. A. & J. L. FIGUEIREDO. 1980. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, vol IV: Teleostei (3).

UNIVALI/EMCT/LEMA. Estatística Pesqueira de Santa Catarina. Consulta On-line. Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira do Estado de Santa Catarina. Laboratório de Estudos Marinhos Aplicados (LEMA), da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia (EMCT) da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). 2020. Disponível em: http://pmap-sc.acad.univali.br/. Acesso em: 17/08/2021.

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