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Plano de Sustentabilidade da FIESC prevê mais de 60 ações concretas

Plano de Sustentabilidade da FIESC prevê mais de 60 ações concretas

 

O Sistema FIESC, formado pela FIESC, SESI, SENAI, IEL e CIESC, lançou na sexta-feira (1º), o Plano de Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria de Santa Catarina. A iniciativa é composta por 16 grandes áreas de atuação baseadas no tripé da sustentabilidade que engloba os aspectos sociais, econômicos e ambientais. Cada uma das 16 áreas já tem mapeadas ações concretas com prazo para serem implementadas. O plano será disseminado em todas as regiões do Estado. O tema sustentabilidade está na agenda do País, especialmente neste mês, em que o Brasil sedia, de 13 a 22, a Conferência das Nações Unidas Rio+20.

"Santa Catarina sempre se destacou com o pioneirismo com que a indústria abraçou a causa ambiental", afirmou o presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, destacando que quando se separa a atividade industrial do meio ambiente não se dá sustentabilidade ao crescimento nem ocorre melhoria da produtividade. "Queremos crescer preservando, respeitando e valorizando o meio ambiente. Temos muitas experiências em Santa Catarina, no Brasil e no mundo e um dos objetivos do Plano é compartilhar as boas experiências e as boas práticas em relação à sustentabilidade da produção e do crescimento industrial", afirmou ele.

O plano prevê mais de 60 ações concretas. Entre elas estão a implementação, nos Institutos SENAI de Tecnologia em Blumenau, Itajaí e Jaraguá do Sul, de plataformas tecnológicas em eficiência energética, energias renováveis, valoração de resíduos, logística sustentável e saneamento.

O SESI vai fazer o mapeamento dos principais impactos socioambientais da indústria em relação às comunidades onde as empresas estão inseridas, identificando riscos e oportunidades de melhoria.

O IEL vai mostrar às empresas como está a gestão de sustentabilidade em relação às concorrentes em nível mundial. Quando a empresa souber a posição no ranking, poderá desenvolver planos de melhoria.

O CIESC vai realizar a Powergrid, feira e congresso de energia, programada para novembro, em Joinville.

A FIESC vai realizar a Caravana da Sustentabilidade, que passará em sete cidades para apresentar cases de empresas. Além disso, a entidade criará uma página na internet com informações e relatórios com dados quantitativos sobre as ações socioambientais desenvolvidas pela indústria e pelo Sistema FIESC.

A aplicação do Plano de Sustentabilidade vai se iniciar pela própria sede do Sistema FIESC, em Florianópolis. Será realizado um projeto piloto, que, entre as ações, inclui a realização de um diagnóstico dos impactos socioambientais das atividades, instalações e ações do Sistema FIESC. A partir do levantamento serão estabelecidas metas para a redução do consumo de água e energia e criado um plano de gestão de resíduos.

"Sustentabilidade é sinônimo de perenidade. As organizações entendem sustentabilidade como um pré-requisito legal, mas não é. É pré-requisito de mercado. Se quiserem se manter no mercado vão ter que usar a sustentabilidade de alguma maneira. 10% das empresas brasileiras fazem sua parte e 90% delas têm que aprender muito. Estamos caminhando. Sustentabilidade é meio catequese. Precisamos mostrar para as empresas o que é gerar valor e como as empresas podem ganhar dinheiro com a economia de água e de energia", afirmou o diretor do Instituto Totum, Marco Antônio Fujihara, durante palestra no evento.

A ferramenta utilizada para gerir o Plano de Sustentabilidade é a 5W2H (what, when, why, where, who, how, how much). Na prática, a ferramenta dá clareza às ações realizadas em cada etapa do processo, pois determina quais ações serão realizadas, quando, onde, quem vai executá-las, qual o prazo definido e quais os custos para colocá-las em prática.

Eficiência energética: pesquisa realizada pelo Sistema FIESC com 69 empresas de micro, pequeno, médio e grande portes mostra que 70% das companhias consultadas têm metas estabelecidas de redução do consumo de energia.

O levantamento também mostrou que a maior dificuldade encontrada pelas empresas para identificar mais oportunidades de eficiência energética é a falta de profissionais qualificados, seguido da falta linhas de crédito, pela modificação dos processos e pela dificuldade de treinamento.

A pesquisa também mostra que 77% das empresas ouvidas pretendem realizar treinamento em eficiência energética para os colaboradores. Em 49% das empresas existe equipe responsável para acompanhar, identificar e implementar soluções de eficiência energética.

O levantamento teve a participação de empresas dos setores metalmecânico, cerâmico, plástico, construção civil, têxtil, eletroeletrônico, madeira, agroindústria, gráfico, mobiliário, químico e fumo.