Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Safra da Tainha de 2015 será marcada pela redução no número de licenças

A safra da tainha deste ano será marcada por mais uma redução no número de licenças para a captura do pescado. Segundo o coordenador da Câmara Setorial do Cerco, que pertence ao Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região - Sindipi, Antônio Momm, o número de liberações caiu de 60 para 50 barcos.

Além desta redução, o Ministério da Pesca e do Meio Ambiente anunciaram mudanças para a área de captura. Até o ano passado o ponto de partida para a delimitação da área era feita em linha reta. Neste ano, a medição inicia a partir da costa, respeitando 5 milhas para o litoral catarinense e 10 milhas para o Rio Grande do Sul. Essas medidas fazem parte das zonas de exclusão, que constam na Portaria Interministerial nº 171/ 2008 do  MMA e MPA, que também reduziu pela metade o número de barcos liberados para a pesca, a partir de 2008.  “A mudança no ponto de partida não muda em nada a realidade da pesca da tainha vamos continuar fora da área que consideramos importante. Já a redução do número de embarcações vai gerar um impacto significativo, ninguém está satisfeito com esta decisão”, explica Antônio Momm.

A safra da tainha para as traineiras (embarcação de pesca para tainha) começa no dia 01 de junho.  Por enquanto, o governo não divulgou os critérios para a liberação das licenças e nem a data para a emissão dos documentos. De acordo com o coordenador Antônio, o pedido do setor é para que isso aconteça o mais rápido possível. “Precisamos saber quem será beneficiado com estas permissões para que a gente possa se organizar, preparar os barcos e calcular as despesas”. 

Para o presidente do Sindipi, Giovani Monteiro, essa situação é reflexo da falta de gestão registrada nos últimos três anos no Ministério da Pesca e do Meio Ambiente. “Infelizmente nos últimos anos o setor sofre penalizações por falta de estudos e , pesquisas. Quem vai pagar a conta agora são os profissionais que vivem da pesca”.