Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Acordo entre varejista e governo incentiva consumo de pescado

Acordo entre varejista e governo incentiva consumo de pescado

Com a sustentabilidade da cadeia produtiva, objetivo é aumentar o mercado

 

 

 

A proposta de ampliar a oferta de pescado para os consumidores, que hoje é muito baixa, foi anunciada hoje pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, por meio de um acordo com a rede de supermercados Walmart. A idéia é diminuir a intermediação e facilitar a venda do produto identificando as cooperativas e colaborando com o processo de negociação. A produção brasileira de pescados é de cerca de 1,1milhão de toneladas por ano. Estima-se, no entanto, que o potencial chegue a 1,4 milhão de toneladas a partir de 2011, desde que explorado por meio de manejo rigoroso. Enquanto a pesca representa 70% deste total, a criação de peixes participa com 30%, e segundo ele, é onde o potencial é maior. ``Nós estamos apostando neste mercado, que cresce a cada ano e deve dobrar em 2011´´, disse o ministro.

 

Ele deu como exemplo a pesca nos reservatórios de hidrelétricas, como do Castanhão, no Ceará, e Ilha Solteira. Anunciou também a recuperação dos estoques de sardinhas, que haviam quase desaparecido há dez anos, e chegou a 100 mil toneladas em vendas no ano passado. O presidente do Walmart Brasil, Hector Nunez, anunciou o compromisso da rede de ampliar a oferta de pescados artesanais e da Amazônia. A varejista lançou um programa de identificação da origem e localidade da produção dos fornecedores até 2013 e de um sistema de rastreabilidade para 100% da cadeia de pescados produzidos ou explorados no território brasileiro até 2016. ``Estamos engajados em construir uma cadeia do pescado mais sustentável, buscando iniciativas que mobilizem empresas, governo e sociedade´´, afirmou.

 

A Walmart também anunciou o programa Qualidade Selecionada, Origem Garantida, que permite ao cliente acompanhar no site da empresa todo o processo da cadeia produtiva de itens de agricultura por meio de um código de barras disponível nas embalagens. Com isso, o consumidor pode saber a procedência dos alimentos e o caminho percorrido por eles. Oprimeiro produto a fazer parte desse projeto é a carne da marca própria Campeiro, com seis cortes diferentes. ``Por conta de todo o desafio da pecuária em relação ao desmatamento da Amazônia, a carne é o primeiro item desse programa´´, disse Nunez. ``Até o fim do ano, deveremos monitorar todos os produtos de hortifrúti.´´

Veículo: Brasil Econômico