Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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FIESC defende valorização da atividade pesqueira


Reunião na sede da Federação abordou temas como a ampliação do debate sobre a rotulagem dos produtos


Côrte defendeu valorização da atividade pesqueira (Foto: Heraldo Carnieri)
Florianópolis, 14.5.2014 - Os desafios e potenciais do setor da pesca foram debatidos na reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Pesca da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Entre os temas abordados, estiveram a necessidade de uma normatização maior da atividade, a ampliação das discussões sobre a rotulagem dos produtos e a necessidade de modernização da frota de navios. O encontro foi realizado da tarde desta quarta-feira (14), na sede da Federação, em Florianópolis.

"Temos conversado bastante, para iniciarmos um grande movimento de valorização de nosso polo pesqueiro, para que o setor tenha reconhecida a sua importância. Já temos um setor desenvolvido, mas temos espaço para crescer mais, para introduzir inovação", afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.

Durante o encontro, foi apresentado também o estágio de trabalhos do Plano de Desenvolvimento da Indústria Catarinense (PDIC) para a Economia do Mar. Atualmente, estão sendo compilados os dados de pesquisas socioeconômica e de tendências, juntamente com os debates do painel setorial realizado sobre o tema no fim do ano passado, em Itajaí. Nos próximos meses devem estar concluídas as Rotas de Crescimento para o setor no Estado até 2022.

O presidente da Câmara, Dario Vitali, defendeu uma visão de longo prazo para a pesca. "Para crescer, o setor tem que criar regulamentos que deem tranquilidade a ele. Não podemos ficar apenas apagando incêndios", defendeu.

Na opinião de Luis Alberto de Mendonça Sabanay, chefe de Assuntos Estratégicos e Relações Institucionais do Ministério da Pesca e da Aquicultura, iniciativas como a Câmara da FIESC mostram o caminho para superar os desafios atuais. "Ainda falta ao setor eficiência para atender à demanda nacional, e assim importar menos. Precisamos debater como aprimorar esta eficiência. E é com políticas propositivas que vamos conseguir alavancar o setor, que precisa entrar no debate", disse.

Também presente no evento, Altemir Gregolin, ex-ministro da Pesca, ressaltou a importância da participação efetiva do setor produtivo na discussão das políticas "A pesca e aquicultura formam a maior fronteira da agropecuária brasileira ainda a ser explorada. Hoje apenas a FIESC e a FIESP têm estas câmaras", ressaltou.

Santa Catarina é o maior produtor de pescados do Brasil, sendo responsável por 13,6% da produção nacional. Em 2013, o Estado exportou US$ 23 milhões em peixes, crustáceos e moluscos para países como a Coréia do Sul, Estados Unidos, Taiwan, Portugal e Angola.