Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região

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Supermercados entram no debate sobre comercialização de pescado

Diante da expansão do setor pesqueiro, o segmento de supermercados entra na discussão para buscar soluções para os principais pontos-chave do segmento com relação ao pescado. No dia 8, na Aquapescabrasil, o Diretor Comercial de Carnes do Grupo Pão de Açúcar, Leonardo Miyao, e o Diretor Comercial do Walmart Brasil, Mauricio Costa Almada, participam da mesa redonda que tratou sobre comercialização de pescado, ao lado de Roberto Spanholi, diretor da Associação dos Distribuidores e Atacadistas da Bahia (ASDAB), comprovando a força desta cadeia Entre os destaques do debate estavam o baixo consumo nacional do peixe, que é de 9 quilos por ano, enquanto a recomendação da FAO é de 12 quilos. No Japão o consumo é de 86 quilos, em Portugal é de 29 quilos e a média mundial per capita fica em 15,6 quilos. Entre as causas citadas que possam justificar

o baixo consumo no Brasil estão não saber preparar, não saber reconhecer um peixe fresco, as espinhas, ter que limpar, entre outros. Devido a esses problemas, Leonardo Miyao enfatizou que “é necessário oferecer praticidade ao consumidor. Porções menores, fácil preparo e embalagens atrativas são importantes”, afirma o diretor. Ele lembra também que é necessário ficar atento aos novos consumidor, entre eles os solteitos (fazer porções para uma pessoa), as crianças (pratos ready to eat, de fácil preaparo) e dos idosos (cada vez mais preocupados com a saúde). Mesmo com esse baixo consumo per capita, Miyao citou que a peixaria do Pão de Açucar cresce a mais de 20% há três anos consecutivos.

Já o Diretor de Perecíveis do Walmart Brasil, Mauricio Costa Almada, afirma que cada vez mais os consumidores buscam produtos com apelo à saúde, como carnes brancas e magras, e destaca os números positivos do setor, com crescimento aproximado de 15% ao ano, principalmente nos itens congelados. “Aumentamos a variedade, tanto em produtos nacionais como importados e também buscamos adequar nossas embalagens à necessidade dos consumidores, com produtos oferecidos já em porções, gerando mais praticidade”, explica. Segundo ele, essa maior variedade deve estimular o aumento do consumo dos pescados congelados. Para Mauricio, o principal desafio está nos pescados frescos, devido à forma artesanal com que o mercado opera.

Ao final, Leonardo Miyao aproveitou para fazer alguns pedidos para os produtores:
- Preços mais competitivos,
- Ações nos pontos de venda para incentivar o consumo;
- Desenvolvimento de novos produtos,
- Rastreabilidade, sustentabilidade e transparência,
- Buscar mais incentivo do Governo.

 

Roberta Tomasini | Marília Pereira
imprensa@aquapescabrasil.com.br